se os meus escritos literários não produzissem estranhamento, meu texto seria convencional e estaria próximo da relação leitor e o modo comum como ele percebe o mundo. mas, meu olhar volta-se para a fruição estética, pois preciso dar a conhecer o mundo como sensação, visão, efeitos sensoriais, inventividade, e não como reconhecimento, já que predominam em mim um processo de singularização e uma tendência a obscurecer a forma em detrimento da percepção. eu sou o mundo expresso pelos meus sentidos e não o represento pela minha feliz capacidade de governar-me. a obviedade é medíocre, porque não provoca a aproximação do leitor à subjetividade autoral. subentendo que as minhas palavras sejam incógnitas errantes e que, em alguns momentos, apareçam associadas a um mal-estar interior e, noutros, a um não-sei-bem-o-quê de entusiasmo metafórico ou de simbolismo rastreado por pinturas surreais, que possibilitam a formação de imagens contextualizadas com pura emoção. vivamos a nossa liberdade de pensar e de expressar aquilo que nos dá sentido à existência.
Tânia Marques 13 de abril de 2010
Fonte da imagem:
http://eugeniabatista.blogspot.com/2009/06/o-hipertexto.html
1 comentários:
Olá Tânia! Hoje é terça-feira, uma correria. Não repare em minha visita relâmpago, mas venho lhe convidar para ler o novo capítulo de “O Diário de Bronson (O Chamado)” e deixar o seu comentário.
Retornarei com melhores modos e mais tempo. Tenha uma ótima semana. Abraço do Jefhcardoso!
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