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Este blog destina-se à publicação do meu devir-poético, dos meus poemas, devaneios surreais, prosas-delícias-poéticas, estados de espírito-inspiração, utopias, sonhos, rizomas que a arte literária possibilita para o desterritório de subjetividades, para efetivar uma singularidade por meio do prazer estético que a escrita e a leitura possibilitam.
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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Poemas metalinguísticos

"Escrever é que é o verdadeiro prazer; ser lido é um prazer superficial".
Virginia Woolf

Por que eu escrevo tantos poemas metalinguísticos se poemas não precisam de explicação? Escrevo para romper os paradigmas, escrevo do jeito que vem e vão as ideias. Escrevo para me sentir viva, escrevo por necessidade de esgotar possibilidades criativas - mas elas não cessam - escrevo por encantamento, por fruição, por amor às palavras. As palavras são minhas amigas, elas permitem que eu brinque com elas. Com algumas eu jogo, com outras eu quebro o silêncio, e até bato no chão. As palavras não representam nada, elas se apresentam, ora suaves e lindas, ora tristes e pesadas. Os versos e reversos, plenos de vida ou vazios  de morte, mágoas, angústias e docilidades, tudo isso jogado no texto, dormindo no texto. As estrofes inexistem na exatidão milimétrica da forma pronta, acabada, casada, rimada.  A poesia é poema andarilho que se desdobra até chegar à prosa. Chega de pensar como seria o mundo sem a poesia, porque a poesia não seria nada sem as palavras, as minhas amigas.

Tânia Marques 15 de abril de 2010.

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