"Escrever é que é o verdadeiro prazer; ser lido é um prazer superficial".
Virginia Woolf
Por que eu escrevo tantos poemas metalinguísticos se poemas não precisam de explicação? Escrevo para romper os paradigmas, escrevo do jeito que vem e vão as ideias. Escrevo para me sentir viva, escrevo por necessidade de esgotar possibilidades criativas - mas elas não cessam - escrevo por encantamento, por fruição, por amor às palavras. As palavras são minhas amigas, elas permitem que eu brinque com elas. Com algumas eu jogo, com outras eu quebro o silêncio, e até bato no chão. As palavras não representam nada, elas se apresentam, ora suaves e lindas, ora tristes e pesadas. Os versos e reversos, plenos de vida ou vazios de morte, mágoas, angústias e docilidades, tudo isso jogado no texto, dormindo no texto. As estrofes inexistem na exatidão milimétrica da forma pronta, acabada, casada, rimada. A poesia é poema andarilho que se desdobra até chegar à prosa. Chega de pensar como seria o mundo sem a poesia, porque a poesia não seria nada sem as palavras, as minhas amigas.
Tânia Marques 15 de abril de 2010.
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