Num olhar agudo
Espetei minha complacência
Num olhar obtuso
Dissimulei minha inocência
Num olhar sextavado
Espalhei minhas dúvidas
Num olhar recatado
Pulverizei mil afetos
Num olhar cibernético
Avistei doces galáxias
Olhares de ursos
enterram benevolências
Soterram depressões
Olhares de inverno
inauguram olhares de pelúcia
Meigos olhares transvestidos
de olhares melancólicos.
Tânia Marques 20 de outubro de 2010
Fonte da imagem: arquivo pessoal.
imagem
imagina!
imanência
dimensão poética
palavras ao alcance
soltas
leves
doces
vulgares
libertárias!
Tânia Marques 17 de outubro de 2010
Fonte da imagem: arquivo pessoal.
Pela teia que tece a vigilância
As margaridas foram aprisionadas
Metamorfosearam-se as suas cores
Desbotadas margaridas
Na rede perversa
Vazam espaços
Os generais midiáticos
Não são plenos de razão
Há um exército de margaridas coloridas
Engendrando uma nova primavera
Do outro lado da armadilha.
Tânia Marques 08 de outubro de 2010
.na relva maltratada
pela frígida solidão,
como gotas de orvalho,
tuas mãos deslizam
sobre o meu destino
levando sentimentos
que pousam sobre as margaridas.
.louca expectativa.
.teus lábios roçam minha nuca.
.arrepio-me.
.teu beijo confessa
um desejo selvagem de sexo
com o consentimento das borboletas.
.badala o sino da paixão.
Tânia Marques 03 de outubro de 2010.
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