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Este blog destina-se à publicação do meu devir-poético, dos meus poemas, devaneios surreais, prosas-delícias-poéticas, estados de espírito-inspiração, utopias, sonhos, rizomas que a arte literária possibilita para o desterritório de subjetividades, para efetivar uma singularidade por meio do prazer estético que a escrita e a leitura possibilitam.
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sábado, 29 de maio de 2010

Tentáculos da dor

Tantas caras, tantas amarras, tantas fanfarras
Incógnita e inóspita dor que só atrapalha
A dura existência de quem engole falsidades (à força)
Incivilidades que viram a vida ao avesso
Na correnteza da rude provocação
O fim é ponto de partida de uma agonia
Estala a boca do precipício
Inconformismo exprobratório
Ruínas de lamentações
Enjoo previsível

Tânia Marques   29 de março de 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

andanças e mudanças

.cuspo essa insistência, essa subjetividade que não me cansa, que me incita a reagir, tenho que reagir, temos que reagir. sem temor. a luta vale aquilo que se libera para ela. a luta é sempre um novo devir. agenciemos, portanto, as nossas redes em teias de conteúdos, que sejam capazes de nutrir a nossa fome por mudanças. isso até pode ser um devir poético, eu sei, diante daquilo que veio pronto e nos amassou, mas ainda bem que sempre tem um mas, é hora de ruptura, este é o momento. psiu! acorda!

Tânia Marques  19 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

máquina cruel

baba insensatez, balbucia confusas e profusas ideias, sarcásticas aventuras em territórios do medo, faz tudo atravessado pelo estômago do maldito capitalismo-lobo, que devora gente feito carro nas estradas, feito bala perdida, feito doença mal curada, feito ganância camuflada de esmola. desprezo o rastro petulante dos perversos de bolso cheio de corrupção. ignoro a face cruel do monstro que se alimenta do sangue da humanidade para vomitar dinheiro.

Tânia Marques  18 de maio de 2010

Fonte da imagem:
http://terraruim.wordpress.com/2010/03/17/

quarta-feira, 12 de maio de 2010

vampiro-homem

homem líquido, liquidez cultural
egocentrismo corrosivo, pós-modernidade insana
saliva viscosa escorre pelo canto do homem, da boca
suspiro final, pessimismo sujo, ignonímia para a humanidade
insensatez, vida anêmica
ações frívolas
vampiro-homem
só sangue 
sanguessuga
enfermidade oca
destila pura estupidez

Tânia Marques   12 de maio de 2010


Fonte da imagem: arquivo pessoal.

sábado, 8 de maio de 2010

.homem pós-moderno.

um olhar sem ver, um ouvir sem escutar, um falar sem pronuciar, um cheiro sem aspirar, um toque sem sentir. eis o homem pós-moderno, niilista diante dos sentidos que moveriam sentimentos, que moveriam multidões, que moveriam a inércia do imobilismo ideológico. ele, portanto, se dissolve na sua "liquidez" deixando uma mancha de sangue em cada gesto cortado pela violência de seus atos.


Tânia Marques  
08 de maio de 2010.






Créditos e fonte da imagem:
A arte de Cristiane Campos
THE MAN AFTER MODERN
TÉCNICA: MISTA SOBRE TELA - MIXED ON CANVAS
DIMENSÃO: 80X100 cm
ANO: 2000

segunda-feira, 3 de maio de 2010

ângulo


caminho em círculo numa vida quadrada. me inquietam os ângulos agudos. eles me espetam. às vezes, sou circunferência completa, fecho o meu ciclo em círculo e volto ao mesmo lugar. mas este não está mais como eu o deixei, nem eu, tampouco. as linhas retas são as estradas preferidas para as minhas andanças. não olho para trás com facilidade e, também, não obtuso em falar que a tua presença é suplementar.

Tânia Marques  03 de maio de 2010
Fonte da imagem: arquivo pessoal

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