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Este blog destina-se à publicação do meu devir-poético, dos meus poemas, devaneios surreais, prosas-delícias-poéticas, estados de espírito-inspiração, utopias, sonhos, rizomas que a arte literária possibilita para o desterritório de subjetividades, para efetivar uma singularidade por meio do prazer estético que a escrita e a leitura possibilitam.
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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

abismos

 
hipócrita é quem acredita na felicidade
e insiste que ela pode ser desenhada
para a fome das pessoas, dinheiro
para toda dor que há no mundo, alienação

andorinhas tecem mais um verão
os carros buzinam sem parar a poluição
o destino do planeta é enfadonho
poucos denunciam o prato vazio

quem faz do seu grito um gemido
esconde de si próprio
as torturas da humanidade
os autoflagelos da desigualdade

quem faz um poema panfletário
tem diarreia frequentemente
vomita a desgraça que nem sempre é sua
mas que suja o chão por onde os outros passam

abismos separam os homens
não das covas forjadas
nem das opiniões pichadas
mas da vida privilegiada


Tânia Marques  31/12/2010

Fonte da imagem: Google

tempestade


dor que engendra dor
assalto perverso aos sentimentos
que se DES-PE-DA-ÇAM em migalhas
mesclando-se com a chuva
para formar uma grande tempestade de conflitos
um dilúvio de inseguranças
Pós-Modernidade diluída
em mal-estares de verão

Tânia Marques 30/12/2010

Fonte da imagem:

domingo, 21 de novembro de 2010

círculo

                                                        
sentido. a palavra anda em círculo à procura de

Tânia Marques  21/11/2010

Fonte da imagem: quebarato.com.br

ilusão

estado da paixão no coração iludido: ebulição

Tânia Marques
21/11/2010

Fonte da imagem: 
http://topicos.estadao.com.br/judith-lauand
Judith Lauand

nada.nada

nem chuva nem vento
apenas solidão ...
nada.

Tânia Marques
21/11/2010

sábado, 20 de novembro de 2010

infinitamente caótico

no caos imediato
a vida desintegra-se
partículas estilhaçam-se
tudo-interligado
a desordem em círculo
conectam-se esferas siderais
para mais um dia
com afirmações e negações

Tânia Marques    
20 de novembro de 2010

Imagem: 
Waldemar Cordeiro, Idéia visível (Visible Idea), 1956
Acrylic on masonite, 59.9 x 60cm

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

abismos existenciais

e era oco. porque vazio. um frio existencial atingia-lhe a nuca.
não conseguia retribuir uma tentativa desconexa de afago
tinha um coração convexo em apuros abismáveis
diluía-se indiscutivelmente na pós-modernidade
num som surdo e indefinido
sem referência
por conta desse opaco distanciamento.

Tânia Marques 15 de novembro de 2010

Fonte da imagem: 
http://www.galeriaaberta.com/maria_gloria/expo_I/slides/Abismos%20II%20-%2070x50cm%20-%20500%E2%82%AC%20-%20%C3%B3leo%20sobre%20tela%20-%20moldura%20branca.html

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"mentiras que parecem verdades"


no mundo andamos, engolimos coisas prontas, muitas vezes, nem ousamos  descobrir a nossa singularidade. a impressão que tenho é de que não existem as verdades a não ser aquelas simuladas nas mentiras.

Tânia Marques  10 de julho de 2010

Fonte da imagem: Google

terça-feira, 9 de novembro de 2010

um eu-oculto

.em todo edifício
há uma janela indiscreta
um olhar reticente
uma artéria espetacularizada
uma sombra sinistra
um eu-oculto
embriaguez taciturna
avidez maldita
um olho curioso
perverso.

Tânia Marques  09 de novembro de 2010

Fonte da imagem: Imagens Google.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

.estilhaços.

.o amor tem hora marcada. tempo limitado. curvas.
a emoção é túmida e passageira
volátil e suspensa
rastro de fogo deixado por entre as pernas
caminham elas depois no abandono
ausência
coração em trapos
retalhos de sorrisos
pedaços de corpos desnudos
carne e espírito
à procura de uma pousada

Tânia Marques 1º de novembro de 2010

Fonte da imagem: 
http://oamoreazulzinho.blogspot.com/2008_10_01_archive.html

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Olhares

Num olhar agudo
Espetei minha complacência
Num olhar obtuso
Dissimulei minha inocência
Num olhar sextavado
Espalhei minhas dúvidas
Num olhar recatado
Pulverizei mil afetos
Num olhar cibernético
Avistei doces galáxias
Olhares de ursos
enterram benevolências
Soterram depressões
Olhares de inverno
inauguram olhares de pelúcia
Meigos olhares transvestidos
de olhares melancólicos.

Tânia Marques  20 de outubro de 2010

Fonte da imagem: arquivo pessoal.

domingo, 17 de outubro de 2010

.alcance poético.

imagem
imagina!
imanência
dimensão poética
palavras ao alcance
soltas
leves
doces
vulgares
libertárias!

Tânia Marques 17 de outubro de 2010
Fonte da imagem: arquivo pessoal.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

.margaridas aprisionadas.



Pela teia que tece a vigilância
As margaridas foram aprisionadas
Metamorfosearam-se as suas cores
Desbotadas margaridas
Na rede perversa
Vazam espaços
Os generais midiáticos
Não são plenos de razão
Há um exército de margaridas coloridas
Engendrando uma nova primavera
Do outro lado da armadilha.

Tânia Marques  08 de outubro de 2010

domingo, 3 de outubro de 2010

.margaridas e borboletas.


.na relva maltratada
pela frígida solidão,
como gotas de orvalho,
tuas mãos deslizam
sobre o meu destino
levando sentimentos
que pousam sobre as margaridas.
.louca expectativa.
.teus lábios roçam minha nuca.
.arrepio-me.
.teu beijo confessa
um desejo selvagem de sexo
com o consentimento das borboletas.
.badala o sino da paixão.

Tânia Marques    03 de outubro de 2010.

Fonte da imagem:   


domingo, 26 de setembro de 2010

mistérios midiáticos


a poeira encobre o delírio
o silêncio se esconde atrás da fumaça
uma nuvem misteriosa vomita
uma mescla impura de resíduos midiáticos


Tânia Marques 26/09/2010


Fonte da imagem:
acaso.flogbrasil.terra.com.br

sábado, 18 de setembro de 2010

David Alfaro Siqueiros

David Alfaro Siqueiros (Chihuahua, 29 de dezembro de 1896 - Cidade do México, 6 de janeiro de 1974) foi um dos maiores pintores mexicanos e um dos protagonistas do muralismo mexicano, juntamente com Rivera e Orozco.

Siqueiros fez pintura de cavalete, mas distinguiu-se principalmente pela pintura mural, onde foi um inovador em termos técnicos. Tinha uma grande preocupação em experimentar novos materiais e novas técnicas, tendo a sua investigação nesta área sido uma importante contribuição para a pintura mural.

A grande temática da sua obra é a revolução mexicana e o povo mexicano, que ele representou como o protagonista da luta por uma sociedade melhor, a sociedade socialista utópica. A sua pintura é uma pintura de intervenção política, de crítica da sociedade capitalista e de defesa dos ideais comunistas, que em Siqueiros assumem uma dimensão monumental pela força e franqueza das suas convicções. Em 1966 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz.

Fonte do texto: Wikipédia
Fonte das imagens:

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

incógnita

Fonte da imagem: artknowledgenews.com

carrega em teu peito 
as dores frias
natureza enigmática
incógnita terreste
rupestre sangue
vazio

Tânia Marques 16 de setembro de 2010.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Keith Haring e seus graffitis

Keith Haring começou a produzir seus graffitis nas paredes do metrô de Nova York. Arte urbana, por excelência, o estilo tornou-se símbolo dos que pretendem representar os excluídos sociais, como o movimento hip hop.

Keith Haring (Reading, 4 de maio de 1958 – Nova Iorque, 16 de fevereiro de 1990) foi um artista gráfico e activista estadunidense. Seu trabalho reflecte a cultura nova-iorquina dos anos 1980.
Nascido no estado de Pensilvânia, cedo mostrou interesse pelas artes plásticas. De 1976 até 1978 estudou design gráfico numa escola de arte em Pittsburgh. Antes de acabar o curso, transfere-se para Nova Iorque, onde seria grandemente influenciado pelos graffitis, inscrevendo-se na School of Visual Arts. Homossexual assumido, o seu trabalho reflecte também um conjunto de temas homo-eróticos.
Keith Haring começou a ganhar notoriedade ao desenhar a giz nas estações de metro de Nova Iorque. As suas primeiras exposições formam,michelleis acontele era gayecem a partir de 1980 no Club 57, que se torna um ponto de encontro da elite vanguardista.
Na mesma década, participou em diversas bienais e pintou diversos murais pelo mundo - de Sydney a Amsterdão e mesmo no Muro de Berlim. Amigo pessoal de Grace Jones, foi ele quem lhe pintou o corpo para o videoclip "I'm Not Perfect".
Em 1988, abre um Pop Shop em Tóquio. Na ocasião, afirma:
"Em minha vida fiz muitas coisa, ganhei muito dinheiro e me diverti muito. Mas também vivi em Nova Iorque nos anos do ápice da promiscuidade sexual. Se eu não pegar AIDS, ninguém mais pegará."
Meses depois declara em entrevista à revista Rolling Stone que tem o vírus HIV. Em seguida, cria a Keith Haring Foundation, em favor das crianças vítimas da AIDS.
Em 1989, perto da igreja de Sant'Antonio Abate, em Pisa, Itália, executa a sua última obra pública - o grande mural intitulado Tuttomondo[1], dedicado à paz universal.
Haring morreu aos 31 anos de idade, vítima de complicações de saúde relacionadas a AIDS, tendo sido um forte activista contra a doença, que abordou mais que uma vez em suas pinturas.

Fonte do texto: Wikipédia

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

Feliz Dia do Amigo!

Feliz Dia do Amigo!!!!

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente,
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos pra sempre.

Fonte do texto: Texto enviado por Rosângela Maia, por e-mail.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

a chuva

a chuva tem gosto de beijo, a chuva tem cheiro de sexo, a chuva tem toque de pele, a chuva tem barulho de zinco, a chuva tem olhar de amor. a chuva é líquida como a paixão que escorre pelos lençóis da ilusão.

Tânia Marques 19 de julho de 2010

sábado, 17 de julho de 2010

.larvas de maldade.

.o voo ensandecido do abutre sobre a fétida carniça traduz o voraz sistema
que valoriza aquele que mais tem larvas de maldade a distribuir pela vida. 
rapinagem absoluta.

Tânia Marques 17 de julho de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

ocaso

                            Foto: Catarina Fernandes (Pôr-do-sol do Guaíba - Porto Alegre/RS.)

.tombou-se no ocaso, crepúsculo decadente, não se encontrou um sentimento, mas centenas deles espalhados na areia, pisoteados por aqueles que não lhes deram o devido valor.

Tânia Marques 10 de julho de 2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

terça-feira, 29 de junho de 2010

homem-máquina

conta gotas do suor que explode na face
enxuga o teu sangue para alimentar o monstro
produz, reduz, produz, reduz
impõe uma atitude nobre:
não deixa a tua vida perder-se no ralo da ignorância!
enxuga os teus sentimentos
resgata os teus desejos de paz
desobedeça!


Foto: Tempos Modernos - Charles Chaplin 
Imagens Google

quarta-feira, 23 de junho de 2010

as ondas


.as ondas rebentam na praia. meus sentimentos fogem numa  busca rebelde de libertação. em tua face, a delicadeza, a harmonia. em frente ao mar, a minha emoção é confissão, é tempestade, é encontro, é reflexão. a dor da despedida é abismo, imensidão à exaustão. o amor acontece e a chuva testemunha. as ondas do mar balançam a minha solidão e refazem o meu desejo de paz. maré de incertezas é o fruto dessa agonia.

Tânia Marques 22 de junho de 2010.
Fonte da imagem: Google imagens

segunda-feira, 14 de junho de 2010

o sulco

.o sulco na pele, ninguém gosta da ferida aberta da paixão. 
ela sangra até esgotar-se o contato.


Tânia Marques   14 de junho de 2010

Fonte da imagem: fabiomozart.blogspot.com

sexta-feira, 11 de junho de 2010

metamorfose

Na medida em que se vive mais tempo
Aprende-se a desterritorializar-se
Sobrevoando
Situações antes inimagináveis
E a vida ganha outros contornos
E os seus entornos nos levam
A infinitos esconderijos
Descobre-se que as pontes
Nem sempre são de concreto
Que os corações
nem sempre são pós-modernos
Que a arte
Nem sempre é uma válvula de escape
Que a morte
Nem sempre precisa de um corpo

Eu solto o meu desejo
Na expressão de ser eu mesma
uma incógnita em metamorfose
À descoberta de sentimentos
A serem ou não ressignificados
Eu brinco com meus gestos
Eu solto os meus cabelos ao léu
Eu danço com a minha face
Eu procuro os teus olhos
com as minhas mãos
E ganho os teus lábios
Cheios de paixão!

Tânia Marques 
11 de junho de 2010
Fonte da imagem: conjectura.wordpress.com/2009/03/

segunda-feira, 7 de junho de 2010

.a revolta.


.avassaladora é a revolta que nos joga num chão surreal de paixões. momento enigmático. problemático. emblemático. reflexões que nos atormentam, empurrando os obstáculos para o nosso ego. as tramas sentimentais impedem a liberação de êxtases. superficiais desejos de amar não compensam a solidão.

Tânia Marques 06 de junho de 2010
Fonte da imagem: http://tathipsi.zip.net/

sábado, 5 de junho de 2010

.mundo cinzento.

pingam e respingam palavras corrosivas
acidez pálida, fel dos tempos atuais
ausência de brandura
um mundo acromático
achada nas mãos de poucos
a soberba do destino de muitos


Tânia Marques 05 de junho de 2010
Fonte da imagem:

sábado, 29 de maio de 2010

Tentáculos da dor

Tantas caras, tantas amarras, tantas fanfarras
Incógnita e inóspita dor que só atrapalha
A dura existência de quem engole falsidades (à força)
Incivilidades que viram a vida ao avesso
Na correnteza da rude provocação
O fim é ponto de partida de uma agonia
Estala a boca do precipício
Inconformismo exprobratório
Ruínas de lamentações
Enjoo previsível

Tânia Marques   29 de março de 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

andanças e mudanças

.cuspo essa insistência, essa subjetividade que não me cansa, que me incita a reagir, tenho que reagir, temos que reagir. sem temor. a luta vale aquilo que se libera para ela. a luta é sempre um novo devir. agenciemos, portanto, as nossas redes em teias de conteúdos, que sejam capazes de nutrir a nossa fome por mudanças. isso até pode ser um devir poético, eu sei, diante daquilo que veio pronto e nos amassou, mas ainda bem que sempre tem um mas, é hora de ruptura, este é o momento. psiu! acorda!

Tânia Marques  19 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

máquina cruel

baba insensatez, balbucia confusas e profusas ideias, sarcásticas aventuras em territórios do medo, faz tudo atravessado pelo estômago do maldito capitalismo-lobo, que devora gente feito carro nas estradas, feito bala perdida, feito doença mal curada, feito ganância camuflada de esmola. desprezo o rastro petulante dos perversos de bolso cheio de corrupção. ignoro a face cruel do monstro que se alimenta do sangue da humanidade para vomitar dinheiro.

Tânia Marques  18 de maio de 2010

Fonte da imagem:
http://terraruim.wordpress.com/2010/03/17/

quarta-feira, 12 de maio de 2010

vampiro-homem

homem líquido, liquidez cultural
egocentrismo corrosivo, pós-modernidade insana
saliva viscosa escorre pelo canto do homem, da boca
suspiro final, pessimismo sujo, ignonímia para a humanidade
insensatez, vida anêmica
ações frívolas
vampiro-homem
só sangue 
sanguessuga
enfermidade oca
destila pura estupidez

Tânia Marques   12 de maio de 2010


Fonte da imagem: arquivo pessoal.

sábado, 8 de maio de 2010

.homem pós-moderno.

um olhar sem ver, um ouvir sem escutar, um falar sem pronuciar, um cheiro sem aspirar, um toque sem sentir. eis o homem pós-moderno, niilista diante dos sentidos que moveriam sentimentos, que moveriam multidões, que moveriam a inércia do imobilismo ideológico. ele, portanto, se dissolve na sua "liquidez" deixando uma mancha de sangue em cada gesto cortado pela violência de seus atos.


Tânia Marques  
08 de maio de 2010.






Créditos e fonte da imagem:
A arte de Cristiane Campos
THE MAN AFTER MODERN
TÉCNICA: MISTA SOBRE TELA - MIXED ON CANVAS
DIMENSÃO: 80X100 cm
ANO: 2000

segunda-feira, 3 de maio de 2010

ângulo


caminho em círculo numa vida quadrada. me inquietam os ângulos agudos. eles me espetam. às vezes, sou circunferência completa, fecho o meu ciclo em círculo e volto ao mesmo lugar. mas este não está mais como eu o deixei, nem eu, tampouco. as linhas retas são as estradas preferidas para as minhas andanças. não olho para trás com facilidade e, também, não obtuso em falar que a tua presença é suplementar.

Tânia Marques  03 de maio de 2010
Fonte da imagem: arquivo pessoal

terça-feira, 27 de abril de 2010

.existo.


.existem nuanças de existir, existem cores para existir... eu existo no que escrevo, eu existo no que leio, eu existo na criação, eu existo em você, e sem você também, singularmente, eu existo mesmo que não me vejam, mesmo que não gostem de mim, ou gostem, eu existo na liberdade, eu existo na dúvida, eu existo na contramão, eu existo na sua companhia, eu existo na solidão, eu existo na multidão, eu existo, mormente, na razão, eu existo sem exatidão, eu existo na poesia, eu existo no sonho, eu existo no discurso, eu existo na subjetividade, eu existo no seu olhar, eu existo na linearidade, eu existo aqui... stop! é o aqui que importa.

Tânia Marques
Fonte da imagem: arquivo pessoal

quinta-feira, 22 de abril de 2010

tensão deleuzeana

criar textos escritos sem pensar em paradigmas linguísticos preestabelecidos é uma possibilidade imanente, um devir desejoso de libertação intelectual, de negação a qualquer tipo de submissão a regras gramaticais. mas de que jeito ocorrerá a comunicação? as palavras nascerão a partir de um novo sistema organizado de signos? ou o atual será desrespeitado? surreal ou dadaísta essa tensão?

Tânia Marques 21 de abril de 2010


Fonte da imagem:
www.gdhpress.com.br/blog/entendendo-eletricidade

anacronismo

um silêncio absurdo é quebrado pelo meu pensamento. o chocalhar das ideias rompe o espetáculo da taciturnidade maldita. a minha respiração é violenta, a nossa crença é fugaz, assim como é este estado de espírito errante, que despeja, em cada instante poento, confetes sujos de alegrias passadas. um grito de dor. perfume, florais, aromas refrescam a nossa inspiração vascilante entre o desejo do novo e o anacronismo do tempo. do tempo pretérito...

Tânia Marques 11/01/2010

Fonte da imagem:

quarta-feira, 21 de abril de 2010

caos poético

Vêm à tona desejos imersos no inconsciente
Falar é um ato explosivo, pois quebra o silêncio
O registro poético vomita a solidão
As palavras deixam marcas violentas no papel
Elas vêm do subjetivo mal-estar nonsense
Imperativo da pós-modernidade
Vida agreste, sentimentos rupestres
Coração bate-rebate aflições
Enganos tortos à meia-noite
Prismas desiguais da mesma verdade
Penso distante daquilo que sentes
Recuso a tua boca
Viajo
tu ficas quieto
Falar é um ato explosivo, pois quebra o silêncio


Tânia Marques 02 de novembro de 2009
Fonte da imagem:

domingo, 18 de abril de 2010

"graffiti"

Arte urbana: espaço alternativo
Fonte das imagens: arquivo pessoal.

Outono: doce estação!

Já é outono.
Os plátanos começaram a amarelar.
Daqui a pouco, estarão completamente nus.

Tânia Marques  18 de abril de 2010
Fonte da imagem: arquivo pessoal.

sábado, 17 de abril de 2010

um poema

um poema, uma brecha
nele, registros de subjetividades
objetivos sensíveis à vista
anestesias para as dores da vida
conforto para os males do espírito

um poema, um estado de alma
uma implosão de aprisionamentos
uma explosão de liberdades
uma procura de sentidos coloridos
uma noite de chuva
um beijo na boca

Tânia Marques 07 de abril de 2010.

Fonte da imagem:
Caminhos Cruzados
Acrílica sobre tela - Antônio Mendes

solidão

Fonte da imagem: arquivo pessoal /2010.

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