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Este blog destina-se à publicação do meu devir-poético, dos meus poemas, devaneios surreais, prosas-delícias-poéticas, estados de espírito-inspiração, utopias, sonhos, rizomas que a arte literária possibilita para o desterritório de subjetividades, para efetivar uma singularidade por meio do prazer estético que a escrita e a leitura possibilitam.
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domingo, 28 de agosto de 2011

sou puxada por ventos

sou puxada por ventos, palavras esvoaçantes e beijos estonteantes. não tenho início, não tenho fim, vivo entre a terra árida e os rios carregados de peixes. gosto de sol, gosto de olhar os esconderijos secretos de cada um para ver se lá estou escondidinha. sim, um pedacinho de mim em cada corpo forma-ta-do. viajo numa direção oposta e me solto desse alguém, não tem sentido a vida do complemento parasita, engana-se quem acha que o “re” de representar, de reproduzir é salutar. a vida é percurso de várias voltas, de idas e vindas, de altos e baixos. tenho que deixar que ela fuja do centro que espia e amaldiçoa o seu prazer.

Tânia Marques  28/08/2011

Fonte da imagem: tivas.wordpress.com

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

di-visão-de-si

divisão
dicotomia incessante
dia e noite
penetração inevitável
contaminação explosiva
do dia, o caos
da noite, a reflexão
luz e trevas a corromper
estados do sentir imperceptíveis
imagem borrada
indefinida jornada
busca de si atrás de cores obtusas
o corpo já não suporta
aquilo que o espírito digere
é preciso desentranhar-se
estranhar-se no tempo
que não se sabe


Tânia Marques 26 de agosto de 2011


Fonte da imagem:niilismo.net

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

falo do falo que é torre

cavalgar, cavalgar, cavalgar
até derrubar a torre
a torre de que eu falo...
eu falo do falo
que é torre 
por assim vertical estar
mas que imana 
nunca igual
horizontais sensações ...


Tânia Marques

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

olhares

entre o passado e o presente
entre a vida e a morte
existe uma porta
há um caminho
a verdadeira estrada
a lucidez dos meus doces desejos
a lembrança de enluarados beijos

entre a madrugada e o anoitecer
moram olhares
que nos espreitam
nossa!
quanto prazer!

Tânia Marques 15 de agosto de 2011

Fonte da imagem:

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

silêncio anônimo


sinto para des-aprender
des-aprendo para sentir
sinto o sentir no vácuo
o grito violenta o silêncio
o silêncio ri o riso da inércia
a inércia é o ócio
o neg-ócio é nada
nada mais que sentir
o silêncio esfacelado
trans-borda-mental

Tânia Marques  11 de agosto de 2011

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